quinta-feira, maio 29, 2008
terça-feira, maio 13, 2008
ARREGAÇAR AS MANGAS...
Perdido o acesso à Champions, o Maestro começou a fazer contas à vida no que respeita ao orçamento para 2008/09. Com 1.001 assuntos para resolver, Rui Costa não tardou em arregaçar as mangas, debruçando-se, entre outros assuntos, sobre a lista de potenciais reforços, embora o ataque ao mercado ainda esteja dependente da questão do treinador, a qual é absolutamente prioritária.
Apesar de a lista se encontrar definida, esta só será atacada após uma consulta ao novo técnico. Ainda por solucionar encontra-se também a questão da permanência de alguns pesos-pesados do plantel – Luisão, Katsouranis, Nélson, Rodríguez –, sendo todavia um dado adquirido que o Benfica necessita de efectuar um significativo encaixe com a venda de pelo menos um activo, para assim voltar a investir.
segunda-feira, maio 12, 2008
OBRIGADO RUI
domingo, maio 11, 2008
Os elogios são difusos e vão para além da avaliação meramente futebolística. Para Luís Figo, Rui Costa reúne características técnicas que o colocam no topo “como um dos melhores intérpretes” do jogo e especificidades humanas que fazem dele um gigante, “muito maior que o Benfica”.
Na véspera do final de carreira do amigo, Figo inverte papéis e coloca o ónus da gratidão no lado do emblema recuperando a falhada transferência para o Barcelona em 1994. “É o clube que tem obrigação de o fazer feliz: saiu para onde e quando o Benfica quis [Fiorentina] e precisou. Desse ponto de vista, julgo até que o Rui poderá ter sido prejudicado na sua carreira.”
De acordo com o melhor jogador do Mundo FIFA de 2001, o Maestro encarnado deixa “uma herança e legado enormes” ao desporto “pela inteligência, elegância e por todo o talento que tem”. Em suma, “o Rui é um jogador único e merece o aplauso de todos aqueles que gostam de futebol, independentemente das suas cores” e é por isso que Figo é “um dos que lamenta a sua decisão [retirada dos relvados].”
O tom da mensagem endereçada por Luís Figo mantém-se e o camisola 7 lança desafio aos dirigentes encarnados para que aproveitem as capacidades do Maestro. “O futebol vai ganhar um grande dirigente desportivo, tenho a certeza disso e o Benfica vai beneficiar com isso”, assegura o “interista”.
“Rui, este é mesmo o último jogo oficial da sua carreira?”, questionavam-lhe ontem numa entrevista no site oficial do Benfica. “É a minha despedida como jogador profissional de futebol”, disse novamente o Maestro, como se estivesse a sentenciar algo ou a ferir os ainda incrédulos.
Chegou o fim, é um “ciclo fantástico que se encerra”, num “misto de sentimentos” experimentados nas últimas horas. “Tristeza por deixar de fazer aquilo que mais gosto; orgulho por tudo o que vivi nestes anos; alegria por poder fazer a despedida no clube onde comecei; e saudades. Ainda sem ter terminado, já começo a sentir saudades...”
Rui Costa assume o adeus naquela que poderá ficar na história como uma das piores temporadas dos encarnados mas, nesta altura, não guarda grande espaço para desilusões. “Apesar de tudo o que se passou na época, nada supera a felicidade de terminar no Benfica a minha carreira”, afirmou. “É evidente que preferia fazê-lo num cenário bem diferente (...) mas, independentemente de tudo, estou feliz por me despedir da profissão neste estádio e perante o meu público.”
É dessa relação com o público que nasce a importância da despedida marcada para a noite do Benfica-Vitória de Setúbal. “É algo que me enche de orgulho e creio que se pode explicar por uma razão muito simples: sempre vivi a camisola do Benfica, mesmo quanto estive fora. Saí do clube, não por minha vontade, mas pela necessidade que o Benfica tinha; fui para onde o Benfica quis e regressei com um contrato em branco. Tudo isto seguramente é apreciado e valorado pelos adeptos”, explica.
Haverá então alguma forma de garantir que Rui Costa não voltará a chorar de emoção em pleno relvado da Luz? “Impossível”, atira. “Creio mesmo que será difícil não o fazer.”
Volta de honra e camisolas
O Benfica vai surpreender Rui Costa com uma festa que terá início 30 minutos antes da partida. O Maestro será homenageado pela Câmara Municipal de Lisboa – recebe das mãos do presidente António Costa a Medalha de Ouro da Cidade – e, cumpridos os 90, o 10 encarnada irá devolver ao público o apoio recebido ao longo na noite e na carreira, cumprindo uma volta de honra e distribuindo dezenas de camisolas pelos adeptos.
No dia seguinte estará a trabalhar como director desportivo, oficializando as funções que, enquanto futebolista, não assumiu.
Palavra muito “special” de Mourinho
Entre as muitas mensagens que tem recebido nos últimos dias, uma delas foi... “special”, de José Mourinho. O técnico português telefonou a Rui Costa na sexta-feira passada e transmitiu-lhe o seu reconhecimento pela carreira do Maestro.
O antigo treinador do Chelsea teve passagem curta pelo Benfica numa altura em que Rui Costa estava na última época na Fiorentina (2000/01).
Um tributo que o grande clube italiano fez chegar ao nosso jornal no formato de carta e somente com um pedido: que a mesma fosse publicada hoje e que nada disséssemos a Rui Costa, para que fosse mesmo uma surpresa. Assim fizemos. A carta, juntamente com os depoimentos de dois grandes campeões que partilharam com o maestro o balneário do Milan, Kaká e Maldini, aqui ficam eternizadas e associadas à homenagem de A BOLA.
«Sabemos que não deixarás o mundo do futebol e que o mundo do futebol ainda poderá contar com uma grandíssima pessoa, um campeão que tivemos a honra de conhecer e com quem convivemos por cinco maravilhosos anos. Aqui, transformaste-te num de nós, um membro da grande família rossonera.»
Este um excerto da mensagem enviada pelo AC Milan a Rui Costa.
Comoventes as palavras do número 10, perante a surpresa dos rossoneri: «Choro, choro como uma criança. No dia em que deixo os relvados, depois de 18 anos, mais que a tristeza do momento, sinto a felicidade e o orgulho das homenagens que me estão a fazer. A honra de ter sido jogador da melhor equipa do Mundo e ver que não me esqueceram, faz-me sentir um menino muito feliz. Ao ler a carta [publicada em A BOLA], choro de emoção e orgulho. Todos vós estareis comigo para sempre. Obrigado, obrigado a todos do fundo do meu coração.»
» Primeiro jogo: Suíça 1-1 Portugal 31/03/1993
» Primeiro golo: Portugal 4-0 Malta 19/06/1993
» Último golo: Portugal 2-2 Inglaterra 25/06/2004
» Último jogo: Portugal 0-1 Grécia 04/07/2004
Selecção Juniores/Sub-20 | 15 jogos | 1 golo |
Selecção Esperanças | 19 jogos | 7 golo |
Selecção A | 94 jogos | 26 golos |
» Campeão do Mundo Sub-20
» Finalista vencido no Euro 2004
» Presença nas fases finais do Euro 1996 (Inglaterra), Euro 2000 (Bélgica/Holanda), Mundial 2002 (Coreia), Euro 2004 (Portugal)
Estreia | Benfica 2-2 Estoril |
Estreia | Génova 1-1 Fiorentina |
Estreia | Suíça 1-1 Portugal |
Primeiro golo | Benfica 2-0 Famalicão |
Primeiro golo | Fiorentina 4-1 Pádua |
Primeiro golo | AC Milan 4-0 Borisov |
Primeiro golo | Portugal 4-0 Malta |
TITULOS
Época | Clube | Título |
1991 | Selecção Sub-20 | Campeão do Mundo |
1992/1993 | Benfica | Taça de Portugal |
1993/1994 | Benfica | Campeonato Nacional |
1995/1996 | Fiorentina | Taça de Itália |
1996 | Fiorentina | Supertaça de Itália |
2002/2003 | AC Milan | Taça de Itália |
2002/2003 | AC Milan | Liga dos Campeões |
2003 | AC Milan | Supertaça Europeia |
2003/2004 | AC Milan | Campeonato de Itália |
2004 | AC Milan | Supertaça de Itália |
A HISTÓRIA FALA POR SI
A carreira de Rui Costa é um hino ao futebol imaginativo, ao conceito romântico deste desporto. O eterno dez servirá de exemplo para os mais novos em histórias que sobreviverão ao tempo. Muito se falará daquele médio imaginativo, com uma passada leve e veloz que, em muitos momentos, obrigava os adversários a encarnarem o papel de “molduras” perante tamanha obra de arte.
O “Maestro” sobreviveu à decadência da figura do número dez clássico, sendo um dos seus últimos representantes. Mas de que serviriam apenas as jogadas, os golos e as atitudes se Rui Costa não tivesse granjeado igualmente fama pelas marcas obtidas e pelos títulos conquistados?
Certamente que sem esta fria e marcante componente, Rui não seria tão lembrado quanto o será no futuro. É que, além da arte, o “Maestro” apresenta um currículo impressionante e que fala por si. Se é hábito dizer-se que os títulos e as estatísticas comandam o sucesso no futebol, então até nesse aspecto Rui tem direito a um lugar na história.
Bilhete de Identidade:
RUI Manuel César COSTA
Idade: 36 anos (29-03-72)
Naturalidade: Lisboa
Altura: 1,80m
Peso: 80 kg
Dados Futebolísticos:
Posição: Médio
Internacional: Portugal
Palmarés: Campeão do Mundo Sub-20 (1991), Liga Portuguesa (1993/94), Taça de Portugal (1992/93), Taça de Itália (1995/96, 2000/01 e 2002/03), Supertaça de Itália (1995/96 e 2003/04), Liga dos Campeões (2002/03), Supertaça Europeia (2003), Campeão Italiano (2003/04).
Mais dados (selecção nacional):
Estreia na Selecção: Suíça-Portugal (1-1) 31/3/93
Primeiro golo: Portugal-Malta (4-0) 19/6/93
Último jogo: 04-7-2004, frente à Grécia, em Lisboa (0-1)
Carreira | ||||
Época | Clube | Jogos | Golos | |
1990/1991 | Fafe (IIB) | 38 | 6 | |
1991/1992 | Benfica | 31 | 4 | |
1992/1993 | Benfica | 31 | 4 | |
1993/1994 | Benfica | 45 | 10 | |
1994/1995 | Fiorentina (Itália) | 31 | 9 | |
1995/1996 | Fiorentina (Itália) | 34 | 4 | |
1996/1997 | Fiorentina (Itália) | 36 | 2 | |
1997/1998 | Fiorentina (Itália) | 32 | 3 | |
1998/1999 | Fiorentina (Itália) | 31 | 10 | |
1999/2000 | Fiorentina (Itália) | 44 | 6 | |
2000/2001 | Fiorentina (Itália) | 31 | 6 | |
2001/2002 | AC Milan (Itália) | 32 | 3 | |
2002/2003 | AC Milan (Itália) | 43 | 0 | |
2003/2004 | AC Milan (Itália) | 34 | 3 | |
2004/2005 | AC Milan (Itália) | 32 | 1 | |
2005/2006 | AC Milan (Itália) | 28 | 0 | |
2006/2007 | Benfica | 22 | 1 | |
2007/2008 | Benfica | 45 | 10 | |
Entre 1993 e 2004 | Selecção A | 94 | 26 |
Texto: Ricardo Soares
HISTÓRIA DE UM MAESTRO
Rui Costa - Um craque genuinamente benfiquista
Sangue do nosso sangue
Está na hora do adeus, é certo, mas neste domingo em que arruma as botas, Rui Costa dá um passo importante rumo a um novo e importante papel no seu Clube do coração. Depois de uma carreira de 26 anos (16 como profissional), aquele que foi um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos abraçará o projecto que visa devolver o Benfica às glórias.
E, claro, todos esperam que Rui Costa transporte para as mesas das reuniões a mesma qualidade e atitude que fizeram dele uma figura estimada dentro e fora dos relvados. Trata-se de uma natural transição de alguém que reúne os requisitos de conhecer a alta roda do futebol e o Benfica como poucos.
Um adeus (certamente) emocionado
Ainda assim, antes desta fase de transição, Rui fará o seu jogo derradeiro enquanto futebolista profissional. Vestirá a camisola dez pela última vez e, certamente, muitas memórias lhe virão à cabeça. Afinal de contas, trata-se de um jogador que, depois de quase dez anos na formação do Benfica, triunfou de águia ao peito e, ao mesmo tempo em que fez parte da história construída por uma geração de ouro, conseguiu brilhar durante mais de uma década no exigente futebol italiano antes de regressar à Luz, local que o viu nascer.
A despedida, essa, respeitará esta história de amor entre adeptos e sócios e um jogador que sempre sublinhou o seu benfiquismo enquanto era iluminado pelos holofotes da fama internacional. Neste encontro tão simbólico para si (e importante para a equipa, pois joga-se um possível acesso à Liga dos Campeões), estará em jogo, na mente e no coração de Rui Costa, a tentativa de fechar em beleza uma bonita saga.
Jogará, pois, com garra, emoção e concentração aquele que todos quererão ver e homenagear na Luz, neste domingo. Como não podemos antecipar o que se passará neste domingo, podemos marcar, nestas linhas, encontro com a história e relembrar o quão grandiosa foi a carreira do “Maestro”. Ei-la…resumidamente.
O herói “italiano”… fiel ao Benfica
O princípio desta história remonta a 26 anos atrás. Cumpria dez anos de idade quando, depois de ter dado nas vistas no futebol de salão do Damaia Ginásio Clube, chegou ao Benfica, ainda franzino, mas precisou apenas de meia dúzia de minutos para encantar Eusébio e para ser incorporado no futebol de formação do Benfica. Tal trajecto teve o seu ponto alto no Mundial de Sub-20 (1991), quando se tornou numa das figuras de monta da chamada "Geração de Ouro".
Campeão no Benfica, despertou o interesse de gigantes, parecendo o Barcelona o destino certo. No entanto, acabou por ser a Fiorentina a garantir a contratação do médio criativo. Seguiram-se 12 anos de Itália nos quais Rui Costa construiu uma carreira de sonho. No Milan, onde conquistou os principais títulos italianos e europeus, colocou a cereja no topo de um bolo recheado com 94 jogos e 26 golos ao serviço da Selecção Nacional.
Que pena ter terminado a trajectória internacional no relvado da Luz... aquando da derrota com a Grécia, na final do EURO 2004. No entanto, nesse mesmo relvado, continua a espalhar classe ao serviço do seu clube do coração: o Benfica, onde realizou as duas últimas épocas sempre em crescendo, após alguns azares físicos iniciais. Afinal, ainda há histórias de amor no futebol. E esperemos que, mesmo fora de campo, possa ajudar o Glorioso na sua caminhada para um futuro cada vez melhor.
Texto: Ricardo Soares
«Nada supera a felicidade de terminar a carreira no Benfica»
Chegou a hora. Depois de passados 26 anos desde o dia em que abraçou, ainda menino, a carreira de futebolista, Rui Costa despede-se dos relvados ao serviço do mesmo Clube que tão honrosamente representou na etapa inicial da carreira. Pelo meio, mais de uma década em que espalhou brilho e magia em Itália e também gloriosos anos ao serviço da Selecção Nacional.
Em vésperas da despedida dos relvados, em jogo relativo à 30.ª jornada da Bwin Liga, ante o V. Setúbal, Rui Costa concedeu ao Site Oficial do Benfica uma entrevista em que não escondeu as emoções que lhe atravessam a alma. O “Maestro” num adeus sentido.
“Viver” a camisola
Rui, este é mesmo o último jogo oficial da sua carreira?
Ainda me custa acreditar estar a chegar ao fim da minha carreira. Foi um ciclo fantástico que agora se encerra. Apesar de me custar dizê-lo – e por vezes admiti-lo – é a minha despedida como jogador profissional de futebol.
Naquela que é a contagem decrescente para o final de um ciclo, que sentimentos lhe atravessam o espírito e que pensamentos lhe assomam a mente a pouco tempo de pisar o relvado da Luz pela última vez em termos oficiais? Como está a viver esta semana?
Há um misto de sentimentos: tristeza por deixar de fazer aquilo que mais gosto de fazer, orgulho por tudo o que vivi nestes anos todos, alegria por poder fazer a despedida no Clube onde comecei e perante o meu público, e saudades. É estranho mas ainda sem ter terminado, já começo a sentir saudades de tudo quanto vivi enquanto jogador!
O que lhe têm dito, ao longo da presente semana, aqueles que lhe são mais próximos, em especial familiares e amigos? Existe alguma frase ou pedido que o tenha marcado nesta altura? E quanto aos adeptos, o que mais lhe têm dito nas ruas?
Creio que o pedido que mais tenho ouvido nestes últimos meses/semanas é para continuar, mas essa decisão já esta tomada e assumida. Há um tempo certo para parar, às vezes não conseguimos sair quando devemos. Não quero correr esse risco!
O Benfica já teve muitos heróis, mas a relação com o Rui tem algo de especial. Como explica esta forma de estar dos benfiquistas em relação a si? Além da imensa categoria futebolística e do reconhecido benfiquismo, tem alguma "teoria" para tanta empatia?
É algo que me enche de orgulho e creio que se pode explicar por uma razão muito simples: sempre vivi a 'camisola' do Benfica, mesmo quando estive fora. Saí do Clube, não por minha vontade, mas pela necessidade que o Benfica tinha; fui para onde o Benfica quis e regressei com um contrato em branco. Tudo isto, seguramente que é apreciado e valorado pelos adeptos e ajudou a fortalecer essa empatia.
Emoções e objectivos
Tendo em conta a forte relação que une os adeptos ao Rui (e vice-versa), e imaginando a forma como se despedirá dos relvados neste domingo, é, ainda assim, capaz de garantir que não voltará a chorar de emoção quando a Luz se erguer para o aplaudir?
Impossível, creio mesmo que será difícil não o fazer!
Os adeptos serão igualmente fundamentais no apoio a um Benfica que se vê obrigado a ganhar e a esperar pelo que se passará noutros campos. Que mensagem deixaria aos benfiquistas que se deslocarem à Luz?
É preciso acreditar que podemos, ainda, chegar à Champions. Enquanto houver esperança vamos dar tudo para lá chegar. É verdade que não dependemos de só de nós, mas apesar de não acreditar neles, os 'milagres acontecem'.
Naquela que foi uma das melhores épocas do Rui nos últimos anos, o Benfica viveu uma das suas piores temporadas. Apesar de ter provado que, aos 36 anos, manteve a qualidade que todos lhe reconhecem, acreditamos que se sente infeliz neste momento. De que forma faz, assim, o balanço de uma temporada que se poderá considerar agridoce?
Apesar de tudo quanto se passou esta época, nada supera a felicidade de terminar no Benfica a minha carreira. É evidente que preferia fazê-lo num cenário bem diferente, mas infelizmente temos de viver a realidade, não é algo que se possa escolher. Mas independentemente de tudo, estou feliz por me despedir da profissão neste estádio e perante o meu público.
Terá, a partir desta altura, um papel igualmente fulcral, mas a outro nível, no Benfica. O que levará dos relvados para as mesas de trabalho de forma a potenciar o seu trabalho e, por outro lado, que princípios promete seguir fielmente de forma a ajudar o Benfica a atingir um patamar de maior sucesso em termos desportivos?
Quanto ao futuro, chegará o tempo certo para falarmos sobre ele. Agora é tempo de pensar no Vitória de Setúbal!
Texto: Ricardo Soares